O podcast desta semana está dedicado ao canal de divulgação científica Olá, Ciência!. E quem nos acompanha nesta emissão é Lucas Zanandrez, biomédico e mestre em Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual, e um dos diretores, com Guilherme Ximenes e Hipácia Werneck, do projeto Olá, Ciência!, um canal que oferece conteúdo científico, mas com bom humor e bons conselhos sobre saúde e tecnologia.
Mas, o que é ‘Olá, Ciência!’?

O projeto Olá, Ciência! começou em 2015 com um canal em YouTube sobre saúde, e hoje é uma empresa com vários negócios, atuando nos âmbitos da educação e divulgação científica, nos temas sobre meio ambiente e tecnologia. O objetivo de Olá, Ciência! é lutar por uma sociedade que use o conhecimento científico para tomar melhores decisões, e para isso, transmite esse conhecimento de forma simples, direta, amena, e por meio de vídeos gratuitos nas redes sociais e cursos preparados para tentar dar autonomia às pessoas nas áreas de saúde, ciência e tecnologia.
A equipe de Olá, Ciência! está formada por sete pessoas, além de vários colaboradores externos. O público alvo são os jovens de idade entre 20 e 30 anos, que busquem conhecimentos gerais sobre a ciência, mas também 40+, cujo conteúdo destinado tem a ver com saúde e medicina preventiva. Por exemplo, disponibilizam lists sobre nutrição, saúde mental, estilo de vida saudável etc. Tuso isso grátis, disponível nas redes sociais.
Além do virtual, Olá, Ciência! também organiza conferências presenciais e seminários, com o intuito da divulgação científica e com a ideia de chegar ao maio número de pessoas.
O papel das redes sociais na divulgação científica
Lucas Zanandrez afirma que as redes sociais são essenciais para a divulgação científica, porque a gente consome muita mais informação através delas, por exemplo, com a televisão ou portais de notícias. A principal diferença é que nas redes sociais, o criador de conteúdo tem contato direto com o seu público, interage com ele, de tal forma que a informação flui em duplo sentido e se retroalimenta: os usuários podem sugerir novos temas ou criticar, é possível reunir informação, fazer enquetes etc. Para Lucas, a forma de divulgar ciência de forma construtiva é, exatamente, através da interação.
Por outro lado, Lucas introduz um conceito muito interessante: cultura científica. A cultura científica considera que há pessoas com diferentes níveis de conhecimentos científicos. Num extremo estariam as pessoas que não sabem como funciona a ciência, para quê serve ou em que pode contribuir; e em outro, os acadêmicos que conhecem o método científico. A vantagam da rede social é que ela permite conectar essas pessoas e adaptar a linguagem em função do nível de cada um. Assim, quem não sabe nada de ciência pode encontrar informação útil de forma simple, e que já tem conhecimentos pode aprofundar neles e debater com outras pessoas. Enriquecer-se, em definitiva.
Como forma se se proteger das fake news na internet, Lucas Zanandrez diz que o essencial é pedir sempre as referências de tudo o que se lê e escuta. É evidente que a presença das fontes não garante que os dados sejam verdadeiros, mas pelo menos temos a oportunidade de comrpová-los por nós mesmos, voltar à origem e comparar as informações.
O mundo científico da pós-pandemia
Lucas Zanandrez conta que a covid-19 conseguiu nos fazer entender a importância do conhecimento científico e, principalmente, que era essencial que esse conhecimento fosse compartilhado com a sociedade. A pandemia demonstrou também que a pesquisa científica não era algo simples, como o banho de Arquímedes e gritar ¡Eureka!, mas que por trás de toda descoberta e avanço científico havia um trabalho duro, realizado por muitas pessoas de campos diferentes.
Sobre os temas mais consultados no Canal, o entevistado conta que são principalmente relacionados com como prevenir doenças, assim como conhecimentos que afetam o nosso dia a dia, como a ciência da alimentação. Por exemplo, muita gente não sabe que determinados peixes, como o cação, têm a tendência de conter uma concentração elevada de matais pesados, prejudiciais para a nossa saúde, ou que a produção de certos tipos de carnes, se não de maneira sustentável, tem um impacto muito grande no meio ambiente.
O entrevistado também comenta que os vídeos menos visitados são os que se referem a simples curiosidades científicas, tipo por que o céu é azul ou como funcionam as bactérias. Como solucionar isso? Pois, produzindo vídeos onde explicar como atua um vírus ou uma bactéria, mas aplicado a uma doneça específica, ou falando da cor do céu, que é um conceito de ótica, mas aplicado à miopia. Assim, se consegue despertar o interesse e, ao mesmo tempo, transmitir conhecimentos científicos.
E para terminar, agradecemos a Lucas Zanandrez e Guilherme Ximenes pela oportunidade da entrevista sobre Olá, Ciência! .
Para saber mais
Canal de YouTube: https://www.youtube.com/@olaciencia/featured
Facebook: https://www.facebook.com/canalolaciencia
Instagram: @olaciencia
Referências dos últimos vídeos do canal: https://drive.google.com/drive/folders/1LCCp4ZhOn1KYJRisu4Rroc2Vs5sw-scy