Seminário Permanente de Povos e Culturas Indígenas

Um espaço para reflexão, debate e pesquisa sobre as culturas e os povos indígenas do Brasil.

O Seminário Permanente de Culturas e Povos Indígenas constitui um espaço acadêmico de reflexão, debate e investigação dedicado ao estudo crítico das sociedades indígenas do Brasil, a partir de perspectivas principalmente históricas, antropológicas e culturais. Impulsionado pelo Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Salamanca, este seminário responde à necessidade de gerar conhecimento especializado sobre as realidades passadas e presentes dos povos originários, superando visões essencialistas e promovendo abordagens que reconheçam sua cosmovisão, perspectiva epistemológica, agência histórica e política.

Por meio de encontros periódicos, o Seminário reúne pesquisadores e membros de comunidades indígenas para dialogar sobre temas que abrangem desde os processos históricos de colonização e resistência até as dinâmicas contemporâneas de reivindicação territorial, cultural e de direitos. Destaca-se, em especial, a análise dos movimentos indígenas, das políticas indigenistas estatais, dos conflitos territoriais e das expressões culturais e políticas desses povos no contexto brasileiro.

O Seminário aspira converter-se em um ponto de encontro entre a academia e as vozes indígenas, fomentando a construção de conhecimento a partir do diálogo intercultural e do respeito às epistemologias próprias dos povos originários. Nesse sentido, promove tanto a pesquisa rigorosa quanto a difusão de experiências e saberes que contribuem para dar visibilidade às lutas históricas e atuais das comunidades indígenas por justiça, memória e autonomia.

Para saber mais, você pode ouvir o podcast da entrevista com os professores Carlos Benítez Trinidad, professor de História da América da Universidade de Salamanca e coordenador do Seminário, e Sebastião Vargas, professor de História da América da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Ou escrever para o e-mail: carlos.bt@usal.es

Atividades do Seminário

Curso: «Saberes, culturas e povos indígenas do Brasil», com 12 horas de duração, organizado em colaboração com o Centro de Formação Permanente da USAL.

A atividade foi composta por várias sessões, realizadas entre 25 de abril e 14 de maio de 2024, no Palácio de Maldonado. Em particular:

Conferência: Ideias para adiar o fim do mundo. Pontes entre as sociedades indígenas e ocidentais na Era dos Projetos, ministrada pelo professor Virgilio Bomfim (Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, Brasil), em 24 de outubro de 2024.

A conferência está disponível no canal do YouTube do CEB.

Conferência: Conversando com um pajé: resistência e cultura Noke Koi em tempos de mudança, ministrada por Kamarati Kamanawa, líder do clã Kamanawa Noke Koi, com moderação e tradução para o português de Virgilio Bomfim (Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, Brasil). O evento ocorreu em 13 de novembro de 2024 no Palácio de Maldonado, e alguns trechos selecionados estão disponíveis no podcast do programa do BMQS: Conversando com um pajé.

Conferência: Da luta pelos direitos à luta pela garantia dos direitos: a escrita socioambiental. O caso do Bolsa Verde, ministrada em 14 de janeiro de 2025 por Edel Nazaré Santiago de Moraes, Secretária Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil. A conferência, realizada no Palácio de Maldonado, está disponível no canal do YouTube do CEB.

Conferência: Missionários e conflitos nos sertões da América portuguesa, 1683-1758, ministrada pela professora Ane Luise Silva Mecenas Santos, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN, Brasil) e professora visitante no CEB (Universidade de Salamanca, USAL), em 21 de maio de 2025. O vídeo da conferência, realizada no auditório do Palácio de Maldonado, está disponível no YouTube.

Conferência: Ressonâncias da ancestralidade: perspectivas Noke Koi sobre cultura, território e juventude na Amazônia, ministrada por Kamarati Kamanawa. O encontro contou com a presença de Kamarati Kamanawa, líder e romeya (xamã) do povo Noke Koi, do rio Gregório (Acre, Brasil), e de seu filho Tovy Kamanawa, representante de uma nova geração que busca fortalecer as tradições por meio da música. Você pode assistir à sessão completa no canal do YouTube do CEB.

Atividades previstas

Conferência: Colonialismo interno no Brasil: o olhar indígena Paiter Suruí como ato de descolonização histórica, que será ministrada pelo professor Zeus Moreno Romero, da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 19 de dezembro de 2025. O evento poderá ser acompanhado presencialmente no Palácio de Maldonado (Praça de San Benito, 1) e ao vivo pelas redes sociais do CEB: Facebook e YouTube.

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