No próximo 9 de maio, a partir das 12h00, o Palácio de Maldonado a conferência “Índios, indígenas e indigenismo durante o desenvolvimentismo autoritário da Ditadura Militar brasileira”, no âmbito do Seminário Permanente sobre Povos e Culturas Indígenas do CEB e ministrada em espanhol pelo professor Carlos Benítez (USAL).
A conferência, gratuita e aberta ao público interessado, é parte do curso “Saberes, culturas e povos indígenas do Brasil”, com 12 horas de duração, realizado em colaboração com Centro de Formación Permanente da USAL. O programa completo está disponível aqui.
Esta conferência tratará dos mecanismos usados pela ditadura militar instaurada em 1964 no Brasil para juntar o indigenismo institucionalizado à causa do desenvolvimentismo. Para isso se aproveitará do imaginário ambivalente da conquista, pedagogia, salvação e guerra contra o vazio que inundava a mentalidade da época em relação oos interiores “selvagens” do país e seus habitantes. Também serão analisadas as consequências que estas políticas tiveram e como estimularam um processo de câmbio de mentalidade que já estava acontecendo a nível transnacional, mudanças aproveitadas pelas populações indígenas para lutar por seus direitos.
O conferencista
Carlos Benítez Trinidad é professor de História da América da Universidad de Salamanca. É doutor em coorientação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA, Brasil) e pela Universidad Pablo de Olavide de Sevilha, realizando um pós-doutorado na Universidad de Santiago de Compostela com estâncias na Universidade Nova de Lisboa (Portugal), Universidad Pontificia de Perú e Universidade Federal Fluminense (UFF, Brasil). É membro do grupo de pesquisa BRASILHIS, do Instituto de Ibero-América (USAL) e editor do projeto de história pública História da Ditadura. Seus temas de pesquisa se realcionam com a história indígena e do indigenismo, representações da alteridade, imaginários e relações interétnicas, especialmente durante a ditadura militar no Brasil.