No próximo 7 de maio, a partir das 11h30, o Palácio de Maldonado acolhe, no âmbito do Seminário Permanente sobre Povos e Culturas Indígenas do CEB, a conferência “Xamanismo e sentir-pensar ameríndio”, ministrada pelos professores Sebastião Vargas (USAL) e Hygor Mesquita Faria (Universidade Federal de Juiz de Fora, UFJF, Brasil).
Quais são os principais fundamentos e práticas do xamanismo ameríndio? Como o xamanismo se vincula à produção de diferentes pensadores, artistas e intelectuais indígenas da atualidade? Além da produção dos próprios indígenas, nesta conferência serão abordadas algumas obras historiográficas e antropológicas mais representativas sobre o tema.
A conferência está aberta ao público de forma gratuita, e é parte do curso “Saberes, culturas e povos indígenas do Brasil”, com 12 horas de duração, realizado em colaboração com o Centro de Formación Permanente da USAL. O programa completo está disponível aqui.
Os palestrantes
Sebastião Vargas é doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP, Brasil). Desde 2009, é professor de História da América na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN, Brasil). Forma parte do Grupo de Trabalho “Povos indígenas, autonomias e direitos coletivos”, do Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales (CLACSO) e é autor, entre outras obras, dos livros Palavras que caminham o mundo: histórias e místicas do MST e do EZLN (Rio de Janeiro, 2014); Pensamiento indígena en Nuestra América: debates y propuestas en la mesa de hoy (Ariadna Ediciones, 2018) e Indígenas e Espaços na história (Editora Cabana, 2023). Atualmente, desenvolve na Universidad de Salamanca a pesquisa “Pensamento indígena e ecologia política: circulação de ideias e perspectivas comparadas entre a América Latina e a Europa”, com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES, Brasil).
Hygor Mesquita Faria é mestre em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF, Brasil). Atualmente, realiza o doutorado em História, em coorientação pela UFJF e pela Universidad de Santiago de Compostela (USC, Espanha). Os temas de suas pesquisas se relacionam com a violação dos direitos humanos dos povos indígenas durante a ditadura militar brasileira e na questão indígena na justiça transicional latino-americana. É pesquisador associado do Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão em História e Memória da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG, Brasil) e ao Laboratório de História Política e Social (LAHPS) da UFJF. Trabalhou no projeto de pesquisa Responsabilidade das empresas por violações de direitos durante a ditadura, promovido e coordenado pelo Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Universidade Federal de São Paulo (CAAF/Unifesp, Brasil).