Este curso acadêmico de 2024-2025, o programa de Residência Artística de Fotografia do CEB comemora 10 anos. A chamada deste ano recebeu mais de 60 propostas de projetos expositivos. Confira abaixo a informação sobre os projetos selecionados:
“As coisas maravilhosas do sertão”, de Gustavo Silva de Almeida.
Gustavo Silva de Almeida assume que sua motivação para fazer um projeto fotográfico sobre o sertão brasileiro é muito grande, por ser apaixonado por todas as maravilhas do sertão, uma região que possibilita explorar várias linhas temáticas como a natureza, movimentos sociais, comunidades, grupos étnicos e culturais. Este projeto tem como base as cidades de Monte Santo e de Canudos, ambas no interior do estado da Bahia (Brasil).
“Terras de Preto, Mocambos, Quilombos. Histórias de nove comunidades negras rurais do Brasil”, de Ricardo Teles.
Quilombos, Terras de Preto, Mocambos e outros afins são comunidades negras rurais formadas por escravizados que se rebelaram com sua condição e por populações negras resultantes de diferentes ciclos econômicos durante o período colonial. Hoje, são quase mil as comunidades no Brasil que se intitulam como tal. O projeto fotográfico e documental “Terras de Preto” retratou nove destas comunidades em diferentes estados do país em um momento crucial em que elas, as mais importantes em tamanho e cultura, estavam engajadas na mobilização por seu reconhecimento e na obtenção do título das terras que habitam. Este trabalho foi um importante meio de divulgação sobre a questão dos remanescentes de quilombos no Brasil.
“Favela vista de cima: a materialidade dos contrastes”, de Genilson Araujo Silva.
Espremida entre os morros e o mar, a cidade do Rio de Janeiro atrai os olhares encantados de quem a vê. No entanto, padece de muitos males, principalmente no aspecto habitacional. O último censo oficial apontou que o número de favelas chega a 1.074. A cidade abriga a maior favela do Brasil, a Rocinha, localizada na zona sul entre o Leblon e São Conrado. Hoje, as favelas compõem o cenário da cidade do Rio de Janeiro e de muitos outros grandes centros urbanos. Algumas viraram até pontos de atração turística por sua arquitetura e engenharia desafiadoras. Outras pela vista que proporcionam e pelos eventos que promovem. O que todas elas têm em comum são as muitas dificuldades que seus moradores enfrentam.
“Movimento Steampunk Brasileiro”, de Marcos Sanchez.
Desde 2014, Marcos Sanchez acompanha a SteamCon, Convenção de Steampunks Brasileiros, atraído inicialmente pela promessa de belos retratos dos personagens e posteriormente depois de vários anos também pela amizade cultivada com alguns participantes. A Convenção que normalmente se realiza em Paranapiacaba, uma Vila inglesa no estado de São Paulo (Brasil), é um ambiente perfeito para o desfile das curiosas personagens e que traduzem o desejo de seus criadores de viver, mesmo que por algumas horas, nesse ambiente retrofuturista, que mistura engenhocas a vapor com armas, cartolas e corseletes, bem como autômatos vivos ou troféus capturados e tudo o mais que a imaginação de seus seguidores permitir.
O calendário das exposições será divulgado proximamente.
Confira os catálogos das exposições anteriores neste link. Também estão disponíveis os podcasts com entrevistas aos fotógrafos de edições anteriores.
