Na próxima quinta-feira, 23 de janeiro, a partir das 10h, o Palácio de Maldonado receberá a mesa-redonda “200 anos da Confederação do Equador: dimensões, legados e atualidade”, organizada pela Comissão Estadual Comemorativa do Bicentenário da Confederação do Equador do Estado de Pernambuco (Brasil), em colaboração com a Companhia Editora de Pernambuco (CEPE).
O evento poderá ser acompanhado presencialmente no Palácio de Maldonado (Praça de São Bento, 1) e ao vivo pelas redes sociais do CEB: Facebook e YouTube. A entrada é gratuita e os interessados em obter um certificado de participação precisam apenas se inscrever neste formulário. Aqueles que participarem pela internet deverão enviar um breve resumo (entre 120 e 500 palavras) da sessão para o e-mail portalceb@usal.es.
A Confederação do Equador

Durante o processo de independência do Brasil, foram considerados diversos modelos políticos para estruturar o novo país. A Constituição de 1824, outorgada pelo imperador D. Pedro I, optava por um Estado monárquico e centralizado, o que provocou uma forte reação no estado de Pernambuco, resultando em um movimento revolucionário que eclodiu em julho do mesmo ano, e que ficou conhecido como a Confederação do Equador.
Refletir sobre este período é de fundamental importância para compreender alguns dos problemas estruturais que ainda afetam o Brasil hoje. Além disso, o recente bicentenário da Confederação do Equador representa um momento ideal para trazer à tona tanto os agentes históricos normalmente silenciados quanto projetos alternativos de organização da nação.
Os participantes desta mesa-redonda compartilharão algumas das pesquisas mais recentes sobre este período, sem perder de vista a dimensão histórica, política, jurídica e social da Confederação do Equador e suas repercussões na sociedade brasileira, recém-organizada por uma Carta Constitucional.
Programa
Antes da mesa redonda, terá lugar o lançamento de dois livros publicados recentemente pela Companhia Editora de Pernambuco (CEPE).

Em homenagem ao bicentenário da Confederação do Equador, a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) lança a segunda edição do livro Frei Joaquim do Amor Divino Caneca. A obra, com organização e introdução de Evaldo Cabral de Mello, considerado o maior historiador vivo do Brasil, apresenta uma coletânea da produção intelectual de frei Caneca, um dos principais líderes do movimento.
O título é dividido em dez séries de textos e traz 28 edições do jornal O Typhis Pernambucano, fundado e redigido por frei Caneca de dezembro de 1823 a agosto de 1824; cartas trocadas com opositores; a Dissertação sobre o que se deve entender por pátria do cidadão e deveres deste para com a mesma pátria, escrito em 1822; e o Itinerário que fez frei Joaquim do Amor Divino Caneca, saindo de Pernambuco a 16 de setembro de 1824, para província do Ceará Grande.
O livro está disponível aqui.

Pernambuco em perspectiva histórica, lançamento da Cepe Editora, nasceu com uma função: servir de base para a história de um Estado que sempre se destacou no cenário nacional. O livro reúne 12 textos inéditos de 13 autores que abordam fatos importantes da época colonial, da fase do Império e do período da República. Tudo narrado com sotaque pernambucano.
“Não é uma síntese da história, é uma perspectiva que permite ao leitor entrar em contato com a produção atual das universidades e institutos de pesquisa”, afirma George Cabral, organizador da obra e autor do texto Pernambuco no período colonial.
O livro está disponível neste link.
Você pode baixar o programa completo da mesa-redonda clicando aqui.