15.10.2018
Na próxima segunda-feira, 15 de outubro, às 11h00, o Centro de Estudos Brasileiros acolhe a conferência intitulada “La cosmología Bantú en las fiestas de Nuestra Señora del Rosario y de San Benito”, que será ministrada pelo fotógrafo brasileiro Marco Antonio Sá.
A história da África forma parte da história brasileira desde que os primeiros homens e mulheres do Congo e Angola foram trazidos para trabalhar nas plantações de açúcar. Mais de quatro milhões de africanos chegaram ao Brasil, a maioria deles pertencentes à etnia Bantú. De fato, foram tantos que se constituiu uma sociedade repleta dos costumes e do saber Bantú, que serviram de base para que as culturas de outros povos africanos, também trazidos como escravos, encontraram um modo de sobreviver.
Na África central habitavam mais de quinhentos povos que compartilhavam a mesma raiz linguística, os quais tuveram seus primeiros contatos com a cultura portuguesa uns quinze anos antes de que Pedro Álvares Cabral chegasse ao Brasil. Os Bantús integraram o catolicismo em suas vidas e elaboraram um curioso sistema de crenças que mezclava todos os saberes. Convertera-se em católicos, mas sen deixar de ser Bantús. Este catolicismo africano chegou ao Brasil com os escravos e se organizou em irmandades sob a a proteção dos Santos Negros: Nuestra Señora del Rosario, San Benito y Santa Ifigenia. Estas irmandades lhes serviram como forma de resistência (Marco Antonio Sá).
Marco Antonio Fontes Sá nasceu no Rio de Janeiro, no dia 3 de dezembro de 1954. Engenheiro mecânico de profissão, encontrou na fotografía um modo de vida, um modo de ver e mostrar o seu país, centrando-se no povo brasileiro e em sua forma de trabalhar e celebrar. Depois de dez anos fotografando e pesquisando a cultura brasileira, matriculou-se no mestrado de Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Dessa forma, levou seu trabalho com a religiosidade popular ao ambiente acadêmico, transformando-o oficialmente numa pesquisa que deu origem a essa exposição.
A entrada é livre até completar a lotação.
