A mostra apresenta uma cara diferente e rara dos diversos ambientes e costumes da maior floresta do mundo, a Amazônia. O dinamismo sobre-humano de um ritmo de vida abundante e ininterrupto faz dialogar uma natureza milenar, tradições seculares e uma sequência alucinante de estímulos sensoriais e sinestésicos. Observando a relação entre as comunidades ribeirinhas, a sabedoria cabocla, a beleza indígena, a interação com o meio ambiente e a brutal sutileza urbana de Belém do Pará, estas imagens revelam um olhar tão curioso e inquieto quanto o próprio assunto retratado, levantando mais dúvidas que conclusões, e questionando as preconcepções e entendimentos sobre o significado do termo “exótico”.

Produzido durante o mês de maio de 2017, nos arredores das duas maiores cidades da região Amazônica brasileira, Belém (Pará) e Manaus (Amazonas), “Amazônia Metropólica” é um ensaio fotográfico que investiga as cadências do tempo, as intercalações de etnias e as peripécias humanas em extensões nada inóspitas da maior e mais brasileira de todas as florestas do mundo. O ensaio “Amazônia Metropólica”, inspirado esteticamente na obra de Luiz Braga e em sua própria terra natal, realiza uma pesquisa imagética e poética que não se limita ao assunto abordado, mas que o transcende, já que Tiago Caramuru trata a fotografia como uma forma de arte, expressão e linguagem em todos os seus projetos.

Tiago Caramuru é paulistano (31 anos), formado em Desenho Industrial pela Universidade Mackenzie, e é fotógrafo documental desde 2014. Cofundador do 3em3, fotógrafo e tutor pela Fundação Stickel. Desenvolveu projetos autorais e comissionados produzidos em países das Américas, Caribe, Europa, África, Ásia e nas cinco regiões do Brasil.

A exposição estará aberta a visitação no Palácio de Maldonado (Plaza de San Benito, 1), de 17 de junho a 31 de julho de 2019, de segunda a sexta-feira, de 09h00 às 14h00. A entrada é gratuita.