No próximo 28 de abril, a partir das 12h00, o CEB oferece a apresentação do projeto “Poéticas fluviais: deslocamento, infraestrutura, modernização na Amazônia”, do professor Javier Uriarte da Stony Brook University (NY, Estados Unidos).
O projeto propõe uma exploração comparada entre diversas narrativas amazônicas nas duas primeiras décadas do século passado, em diálogo com o campo das humanidades meio ambientais. O imaginário aquático é uma parte essencial da vida dos povos da Amazônia, mas também foi o foco de anteção de intelectuais, viajantes e homens de Estado que escreveram sobre a região, tentando entendê-la e/ou transformá-la. Este projeto busca estudar a presença, os papéis e as conotações dos rios nos escritos de vários intelectuais desse período, comparando-os com o olhar dos povos da região. A Amazônia é um frágil coral de vozes, às vezes dissonante e confuso, que nos fala através de seus rios. Um dos objetivos desse projeto é escutá-los atentamente para desvendar os seus sentidos e poéticas.
O evento contará com a presença do autor do projeto, Javier Uriarte, e os professores da Universidad de Salamanca, María José Bruña Bragado, do Departamento de Literatura Espanhola e Hispano-americana e Manuel Alcántara Sáez, catedrático da área de Ciência Política e da Administração. A entrada é livre até completar a lotação, respeitando sempre todas as medidas de segurança.
Sobre o autor
Javier Uriarte é professor de Literatura Latino-americana na Stony Brook University (NY, Estados Unidos). É autor do livro The Desertmakers: Travel, War, and the State in Latin America (Routledge, 2020) e co-editor de Intimate Frontiers: A Literary Geography of the Amazon (Liverpool University Press, 2019) e Entre el humo y la niebla: Guerra y cultura en América Latina (Instituto Internacional de Literatura Iberoamericana, 2016). Em 2022, publicou um número especial da revista arbitrada A contracorriente intitulado “La guerra y sus relatos: conflicto, modernización y producción cultural en América Latina”. Atualmente, é bolsista Marcel Bataillon (modalidade sênior) do Instituto de Estudos Avançados de Madri, para trabalhar em seu projeto “Poéticas fluviales en la Amazonia: Desplazamiento, infraestructura, modernización”.