A Fundação Cultural Hispano-Brasileira inaugura no próximo 4 de junho, às 11h15, a exposição “Salvador, 1625–2025. O ontem e o hoje da cidade da Bahia”, com gravuras históricas da coleção de José Manuel Hidalgo, acompanhadas por fotografias de José Manuel Santos Pérez, Alex Salom e Sergio Moreta Pedraz.
A mostra conta com o apoio da Junta de Castilla y León e integra a programação do III Seminário Internacional BrasilHis – “400 anos da retomada de Salvador da Bahia, 1625. Homenagem a Stuart B. Schwartz”. A exposição pode ser visitada até 20 de junho, no Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Salamanca (Praça de San Benito, 1), de segunda a sexta-feira, das 9h às 14h, e de segunda a quinta-feira, das 18h às 20h.
Sobre a exposição
Neste ano de 2025, celebram-se os 400 anos da retomada da cidade de Salvador da Bahia das mãos dos holandeses, pelas forças da Monarquia Hispânica. Na Salvador atual — que preserva um patrimônio extraordinário do período colonial — ainda é possível encontrar traços dos acontecimentos de 1625, embora seja difícil reconhecê-los.
Entre avenidas, ruas e estruturas portuárias, vestígios do passado são captados nesta exposição por meio de uma série de vibrantes fotografias.
A mostra apresenta também excelentes gravuras da coleção de José Manuel Hidalgo, que nos permitem imaginar como era a cidade de Salvador no século XVII. Por fim, dois livros únicos pertencentes à Biblioteca Histórica da Universidade de Salamanca encerram a exposição com chave de ouro: um volume do Atlas Maior, de Johannes Blaeu (1662), com uma gravura da Baía de Todos os Santos e da planta da cidade de Salvador, e um volume da série “De America”, de Theodore de Bry e Matthäus Merian (1634), com a extraordinária gravura de Vischer e Gerritz, que retrata Salvador no momento da conquista holandesa de 1624.
Com o material exposto, pretende-se tanto comemorar os 400 anos da retomada de Salvador em 1625, quanto registrar as importantes transformações vividas por uma cidade que, em 1625, contava com cerca de 3.500 habitantes e hoje é uma enorme metrópole com mais de 2.140.000 moradores. Salvador luta para preservar seu legado arquitetônico e artístico de grande valor, ao mesmo tempo em que se expande e se moderniza de forma acelerada.
A exposição “Salvador, 1625–2025”, com curadoria de José Manuel Santos, diretor do CEB, busca apresentar ao público a riqueza patrimonial de Salvador da Bahia e os desafios de preservar esse patrimônio arquitetônico em uma cidade que passou por mais de quatro séculos de desenvolvimento. Uma homenagem a Salvador da Bahia e ao seu povo soteropolitano.