De 8 a 11 de abril, a Sala Equis de Madri acolhe a XVII edição do Novocine, um evento que este ano se apresenta como “Cult”, com o objetivo de homenagear nomes clássicos do cinema brasileiro e divulgá-los entre o público atual. Esta primeira edição Cult está dedicada a José Mojica Marins, figura emblemática e pai do cinema de horror no Brasil.

O nome de José Mojica Marins está associado à controversia, à provocação e a um inegável talento para perturbar. Filho de pai espanhol e mãe argentina emigrados a Brasil, Mojica Marins é mais conhecido como Zé do Caixão, um sinistro e carismático personagem que cruzou as fronteiras do gênero para se transformar em ícone cultural. Sua vida esteve marcada pela censura e pela recusa por parte de certos setores do cinema nacional, é um testemunho de resistência e paixão pela arte.
O Novocine Cult deste ano oferece ao público a oportunidade de conhecer o universo de Mojica Marins através da projeção gratuita de três de seus filmes mais famosos e um documentário sobre a sua vida e obra, tudo isso em versões restauradas em 4k.
A entrada gratuita até completar a lotação.
Confira o programa completo
Segunda-feira, 8 de abril às 19h30
Colóquio com Ivan Finotti e Juan Sánchez
Exibição do documentário Maldito – O estranho mundo de José Mojica Marins
Dur: 65 min.
Ano: 2001
Coquetel
Premiado no Festival Sundance, este documentário conta com a participação de Mojica Marins, repassa a vida e a obra do cineasta através de entrevistas exclusivas, de arquivo fotográfico e audiovisual, além de resumo de filmes, incluindo cenas censuradas e consideradas perdidas há décadas.
Terça-feira, 9 de abril às 18h45
À meia-noite levarei aua alma
Apresentação de Jesús Palacios
Dur.: 84 min.
Ano: 1964
Um sinistro enterrador que se faz chamar Zé do Caixao quer encontrar a mulher perfeita para prolongar a sua estirpe. Para isso, sequestra, aterroriza e tortura diversas mulheres.
Quarta-feira, 10 de abril às 18h45
Esta noite encarnarei no teu cadáver
Apresentação de Juan Sánchez
Dur.: 108min.
Ano: 1967
Continuação de À meia-noite levarei a sua alma (1963). Zé do Caixão continua vivo e esta vez quer alcançar o seu objetivo de perpetuar a sua estirpe para conseguir a imortalidade, um filho engendrado dentro de uma mulher perfeita, tão perfeita como ele, que não acredita em Deus nem no Diablo, que não tenha medo de nada nem da morte.
Quinta-feira, 11 de abril às 18h45
O despertar da besta
Apresentação de Juan Alcudia
Dur.: 93 min.
Ano: 1969
Um grupo de pessoas está discutindo sobre a existência do Mal. Um professor começa a narrar histórias de pessoas viciadas em drogas e sua relação com o Mal através de seus atos perversos. O filme então se torna uma série de cenas em sequeência em tom surrealista.
Para saber mais
Podcast da entrevista de BMQS a R.F. Lucchetti, o decano do horror brasileiro, no qual fala da grande influência de Zé do Caixão na cultura popular brasileira.