A conferência abordará a centralidade da sustentabilidade nos dias de hoje, considerando o esgotamento de recursos naturais do planeta e seu impacto sobre os modos de vida contemporâneos. Trata-se, portanto, de sublinhar a necessidade de enfrentar as questões locais, assim como mobilizar a sociedade contra os graves e urgentes problemas globais. Igualmente, conscientizar de que, ainda que articuladas, somente ações governamentais não serão capazes de enfrentar os desafios da interação entre cultura e sustentabilidade.

No Fórum Universal das Culturas Barcelona 2004, em 15 de setembro, foi apresentada a Agenda 21 da Cultura, que aponta alguns caminhos. A Agenda 21 da Cultura surgiu para dar uma resposta aos desafios de desenvolvimento cultural que a humanidade enfrenta neste século XXI. O documento elenca uma série de diretrizes comuns às cidades e propõe a cultura como uma dimensão chave das políticas urbanas. Entende-se que os governos locais desempenham atualmente um papel fundamental para colocar a globalização ao serviço da cidadania e para potencializar a necessidade de uma cultura aberta e diversa (Agenda 21 da Cultura: 2004).

O autor, a partir de sua experiência em governança em âmbito municipal, estadual e federal, apresentará algumas reflexões sobre a importância estratégica da cultura no âmbito das políticas públicas e sua interseção com a compreensão de um desenvolvimento socialmente justo, economicamente viável, culturalmente aceito e ecologicamente sustentável.