BioBrasil: Mulheres cientistas da Fiocruz II

Retomamos a nossa colaboração com o Museu da Vida com a segunda parte da entrega especial dedicada às cientistas da Fiocruz.

Esta é a segunda parte dedicada ao tema das mulheres cientistas da Fiocruz, com uma entrevista à professora Daiane Silveira Rossi, doutora em História das Ciências e pós-doutoranda na Casa de Oswaldo Cruz (COC; Brasil), onde desde 2019 estuda a memória institucional das mulheres na Fiocruz.

Na primeira parte deste especial, a professora Rossi explicou a origem do projeto “Mulheres na Fiocruz: Trajétorias”, o enorme trabalho de documentação e ensaio que existe por detrás de cada gravação e os problemas que tiveram que superar com motivo da pandemia. No programa de hoje, a nossa convidada tratará do documentário “Mulheres na Fiocruz: pioneiras”, lançado em fevereiro de 2021, que conta com suas próprias especificidades. A principal é que a maioria das suas protagonistas já faleceram, pois se trata de mulheres que desenvolveram as saus carreiras de ensino e pesquisa entre as décadas de 1940 e 1980, abrindo caminho para as gerações posteriores intrépidas cientistas.

A equipe de produção não tinha contato direto com as pioneiras, mesmo que várias lhes ajudaram no processo, concedendo-lhes suas imagens e fotografias, como a professora Mônika Barth e a professora Ana Kohn, filha da Dra. Luiza Krau, que faleceu no ano passado durante a produção do documentário. Com isso, foi imprescindível mergulhar em diversos acervos digitais como os da Biblioteca Nacional, do Arquivo Nacional e da COC.

O documentário dedicado às pioneiras da pesquisa na Fiocruz aprofunda no contexto histórico social que marcou o acesso das mulheres à carreira científica a partir dos anos 1950. Mostra como era a cidade do Rio de Janeiro nesses anos, qual era a situação da educação primária e da educação superior, para, assim, compreender melhor como essas mulheres chegaram à Fiocruz e qual foi a sua importância para esta instituição.

Hoje em dia, 56% do quadro profissional da Fiocruz é feminino, mas nos anos 1950, as mulheres eram um parte muito pequena de um quadro de cientistas fundamentalmente masculino. Com a chegada da primeira mulher à presidência da instituição, a Dra. Nísia, a Fiocruz começou a prestar mais atenção às questões de gênero e raça. Com este documentário, reivindica-se uma parte muito importante da história da Fiocruz, mas também se propõem temas essenciais da atualidade como o papel das mulheres na ciência e o papel das mulheres na sociedade.

Links de interesse:

Pioneiras: https://portal.fiocruz.br/video/mulheres-na-fiocruz-pioneiras

Trajetórias: https://portal.fiocruz.br/video/serie-mulheres-na-fiocruz-trajetorias-trailer

Música no programa:

https://youtu.be/Hnan1HTbozQ

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