BioBrasil: Mulheres cientistas da Fiocruz I

Uma entrega de BioBrasil com o Museu da Vida, sobre as mulheres cientistas da Fiocruz.

En este BiBrasil com o Museu da Vida do Rio de Janeiro vamos falar da presença feminina numa instituição científica de prestígio: a Fiocruz. Para isso, contamos com a inestimável participação da professora Daiane Silveira Rossi, doutora em História da Ciência e bolsista de pós-doutorado na Casa de Oswaldo Cruz (COC, Brasil), onde estuda, desde 2019, a memória institucional das mulheres na Fiocruz, junto com uma equipe de pesquisadores, entre os quais está Aline Lacerda, Luiz Otávio Ferreira, Nara Azevedo e Simone Kropf, quem já escutamos em emissões anteriores.

Rossi começa falando sobre o início do projeto “Mulheres na Fiocruz: trajétorias” e “Mulheres na Fiocruz: pioneiras”, nos quais trabalhou como roteirista e pesquisadora. Ela nos conta que a ideia surgiu da equipe coordenada pelo professor Luiz Otávio e que contou com o apoio da assessoria de comunicação e do diretor da  COC, Paulo Elian. Juntos, decidiram qual seria o objetivo do projeto, quem seriam as profissionais escolhidas e como o tema seria abordado. Contrataram uma documentalista e um câmera, e se lançaram ao trabalho. O documentário foi gravado em duas partes: a primeira pré-pandemia e a segunda durante o covid-19, dando um giro nos trabalho para poder adaptar-se às circunstâncias.

No mundo antes da pandemia do novo coronavírus, as gravações eram feitas no auditória da COC, com uma equipe formada pelo câmara, a documentarista e dois pesquisadores que eram os responsáveis pelas entrevistas, quase sempre Nara Azevedo e Aline Lacerda, também com a participação da professora Simone Kropf. Elas se ocupavam da pré-produção, as reuniões prévias com as entrevistadas, para que tudo estivesse preparado no momento de gravar. Rossi e outro bolsista, André Luiz, foram os responsáveis pela pesquisa sobre os nomes selecionados a partir da lista proporcionada pelos diretores das 21 unidades técnico-científicas da  Fiocruz.

As protagonistas dos três primeiros episódios da série “Mulheres na Fiocruz: trajétorias”, lançados em 2020, foram com as cientistas Maria da Luz Fernandes Leal, farmacêutica, Yara Maria Traub-Cseko, bióloga molecular e Liléia Gonçalves Diotaiuti, bióloga. Nos vídeos, que estão disponíveis on-line, as pesquisadoras falam sobre suas carreiras, as dificuldades que tiveram que superar, as conquistas alcançadas, e claro, a sua contribuição para a Fiocruz e para a ciência nacional.

A professora Rossi nos conta que as cientistas sempre emocionavam a equipe com suas declarações, quase confessões. Uma das últimas preguntas que eram feitas no documentário era sobre o significado da Fiocruz para elas. A emoção de todas as entrevistadas era unânime ao afirmar que se sentiam muito orgulhosas de formar parte desta instituição. Durante o ano de 2020, com motivo da pandemia, o projeto foi suspendido, e portanto, as gravações. Foi uma pausa obrigatória para pensar e reorganizar todo el trabajo, pois ja era evidente que havia que recorrer às plataformas virtuais. O trabalho de pesquisa e contextualização da vida das protagonistas da série, suas carreiras e vida pessoal continuou, foi elaborado um roteiro, que posteriormente foi gravado por Zoom.

Os desafios técnicos foram muitos: foi necessário regravar algumas entrevistas em até três ocasiões porque o som não tinha qualidade, gravá-las em dias diferentes porque anoitecia e a luz não era adequada, problemas com a conexão em internet… Em resumo, tudo isso o qual nos acostumamos ao longo deste último ano turbulento. O resultado, porém, é genial e está disponível na página da Fiocruz.

Esta entrega foi possível graças à colaboração de Melissa Cannabrava e Renata Fontanetto, jornalistas do Museu da Vida, além da participação da professora Daiane Silveira Rossi.

Música no programa:

Referências: Vídeo da professora Daiane Rossi sobre o início da presença feminina na Fiocruz na década de 1940.

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